domingo, 7 de novembro de 2010

BOM MOMENTO PARA O MERCADO IMOBILIÁRIO NA GRANDE FLORIANÓPOLIS

O mercado imobiliário da Grande Florianópolis está aquecido. Tem muita gente comprando, alugando e construindo. O setor está investindo não só em áreas centrais como também no Continente e no Sul da Ilha, e a germinação de novos empreendimentos faz com que a construção civil enfrente falta de mão de obra.
A valorização dos imóveis deve chegar a 18% neste ano, mas trata-se de um desenvolvimento sustentável. É o que diz o entrevistado desta semana do Portal Economia SC, o diretor geral da maior empresa do setor de imóveis do Sul do Brasil, a Brognoli Negócios Imobiliários, e vice-presidente da ABMI (Associação Brasileira do Mercado Imobiliário), Marcelo Brognoli.

Em quais regiões da Grande Florianópolis o mercado imobiliário está em desenvolvimento mais vigoroso?
A Grande Florianópolis como um todo vem apresentando desenvolvimento no mercado imobiliário, tanto na Ilha quanto no Continente. É difícil indicar uma área específica. A área de Biguaçu, com a vinda do projeto do estaleiro, está fervendo. Claro que com essa discussão "vem, não vem" segurou um pouquinho. A região da Palhoça, por exemplo, que é onde estamos [sua empresa] focados agora, tem apresentado um grande desenvolvimento, a partir do próprio município. Essa é uma área que está com um crescimento visível nos últimos anos.

E as áreas mais centrais da cidade?
Essas têm procura constante. A valorização imobiliária no centro e no norte da Ilha é constante. Agora, já há um interesse muito grande no Sul da Ilha, que é a bola da vez. Tem também as regiões da Trindade, Itacorubi, Córrego Grande. Enfim, a cidade toda tem pontos de desenvolvimento em toda área.

Quais são os maiores entraves para o setor no momento?
É difícil apresentar entraves. Na construção civil, há alguns entraves naturais, como a discussão sobre a ocupação racional do solo. Na área de compra e venda, o mercado está super aquecido, com muito crédito, e não posso enumerar entraves. Na área de locação, da mesma forma. Com o crescimento da cidade, mesmo com crédito para aquisição da casa própria, o mercado de locação também está aquecido.

O momento é bom para investir em novos empreendimentos?
Sem dúvida, no país todo. Para se ter uma ideia, hoje, na construção civil, nós temos problema de mão de obra. Não só na construção civil. A empresas de serviços da cadeia também estão com dificuldade de mão de obra. Isso eu verifico em várias áreas. É resultado da economia aquecida.

Vale a pena investir em imóveis como fonte de renda?
Na área comercial, em decorrência do aquecimento da economia e a cidade em franca expansão, há bons investimentos em lojas, áreas industriais, escritórios e também para locação residencial. Regiões próximas a universidades, por exemplo, é um investimento muito bom. Esse imóvel está sempre ocupado e com o preço atualizado. De maneira geral, investir em imóveis é sempre garantido. Você tem o retorno mensal de aluguéis e tem uma valorização anual de 15%. Nós vamos chegar a 18% ao ano, e não existe investimento financeiro que dê esse retorno.

Os imóveis têm valorizado em 15% ao ano. Pode-se afirmar que existe uma bolha?
Eu não vejo dessa forma, porque o sinônimo de bolha é o crescimento artificial, que a gente viu acontecer em vários mercados. No mercado imobiliário, eu não acredito, porque essa demanda vem naturalmente pela ocupação da cidade. A cidade tem sido procurada, então, esse crescimento é um crescimento sustentável e gradativo. O estoque é absorvido naturalmente pelo mercado, vários lançamentos são efetuados, e as vendas estão aquecidas.

Santa Catarina tem o menor déficit imobiliário relativo do país. A que se deve isso?
O nosso Estado tem algumas características, como a renda média mais alta (então há maior possibilidade de compra, se a gente comparar com o Nordeste, por exemplo, onde a pobreza é maior). Um outro fator é a idoneidade das nossas empresas da construção civil. A maioria das nossas construtoras entrega no prazo, isso não é comum no país todo. São empresas sólidas, honestas, muito sérias, competentes, e isso dá tranquilidade para que as pessoas adquiram sua casa própria. E a questão do financiamento vem somar a esses fatores, pois facilita a aquisição da casa própria.

Fonte: Economia SC

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